sábado, 9 de março de 2013

Bondade do Sagrado Coração de Jesus


"A bondade de Dona Lucilia ajudou­-me muito a amar a Deus.

Quando eu olhava para as imagens do Coração de Jesus, pensava: “Ele é infinitamente melhor do que ela; como será então Sua bondade?”

Era um ponto de partida para muitas meditações. Sobretudo quando eu meditava no Sagrado Coração transpassado por Longinos, o que me causava uma pena enorme:

“Então, depois de Ele ter feito pelos homens tudo quanto fez, levar no Coração uma lancetada... Acabou dando até depois de morto!”

Depois de morto, é verdade, mas presente de algum modo. Porque Ele curou — por aquela mistura de sangue com água que saiu do Sagrado Corpo d’Ele — o tal Longinos, que era meio cego.

Essa bondade de curar um indivíduo qualquer na hora em que este mete uma lança no Coração d’Ele, me comovia enormemente. E eu pensava: “Se o Sagrado Coração de Jesus é assim, teve tal bondade nessa hora, a bondade d’Ele é incalculável, e inclusive tem misericórdia de mim. Eu, portanto, apesar de meus defeitos, devo caminhar com confiança até Ele.”

Antes de encerrar essas considerações, julgo oportuno lembrar este raciocínio:

Se realmente eu sou bom e tenho pena dos que sofrem, devo sobretudo condoer­-me dos que sofrem injustiça. Portanto, a minha bondade leva à combatividade. Porque, vendo alguém sofrendo injustiça, preciso entrar na luta para fazê-­la cessar. Assim, não se é bom quando não se é também combativo.

Diz a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus: “Coração de Jesus, paciente e de muita misericórdia, tende pena de mim.” Em esfera individual, uma pessoa pode pedir: “Coração de Jesus, paciente e de muita misericórdia, fazei de mim um leão na defesa de vossa Igreja tão perseguida.” 

Plinio Correa de Oliveira Extraído de conferência de 20/9/1994