Desde os saudosos tempos
de Pirassununga, Dª Lucilia conservou especial gosto em rezar diante de uma
imagem da Imaculada Conceição, pertencente à família. Nunca se separou dela,
mantendo-a em seu quarto, nas sucessivas casas em que residiu após o falecimento
de sua mãe. Uma razão a mais para isso era de ter sido essa imagem objeto
de particular devoção de Dª Gabriela.
Piedade aliada ao senso artístico
Esculpida em
madeira, fora trazida de Portugal em meados do século XIX,
deixando transparecer ao mesmo tempo a
autêntica piedade e o senso artístico do escultor. A fim de a expor mais dignamente à veneração de todos, Dr. Antônio
decidiu colocá-la num oratório
apropriado.E lá mesmo em Pirassununga encomendou o serviço a um marceneiro que
trabalhava junto com a irmã. Pormenor curioso, ambos surdos-mudos, mas, em compensação,
dotados por Deus de uma extraordinária arte de entalhar a madeira,
a tal ponto que fabricavam móveis de estilo à altura de figurar nos melhores
salões.
Não deixava de ser
singular como pessoas tão simples, sem maior cultura nem
contato com os
grandes centros urbanos,
tinham tanto senso artístico.
Disso era exemplo o singelo oratório . Anos depois, um antiquário oferecerá
significativa quantia por ele. Porém, para Dª Lucilia, não tinha preço um
objeto que seu saudoso pai mandara fazer e ao qual estavam ligadas tantas
recordações.
Continua...
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